Investimento Estrangeiro Direto (IED): o que é, como funciona e por que sua empresa não pode ignorar essa oportunidade em 2025
Questões como o que é IED e por que tantos países disputam esse tipo de capital como um ativo estratégico é uma dúvida recorrente entre os empresários que buscam expandir seus negócios. O Investimento Estrangeiro Direto, ou IED, é um dos principais motores do desenvolvimento econômico no cenário global contemporâneo. Trata-se da entrada de capital estrangeiro visando estabelecer, expandir ou adquirir participação significativa em empresas de outro país. Mas sua importância vai muito além da movimentação financeira.
Em tempos de economia globalizada, em que as fronteiras comerciais são cada vez mais simbólicas, o IED representa uma oportunidade concreta de transformação: ele atrai recursos, gera empregos, transfere tecnologia e fortalece cadeias produtivas locais. Ao mesmo tempo, é uma via de expansão para empresas que desejam crescer em outros mercados e diversificar suas fontes de receita. Para o Brasil, que ocupa uma posição estratégica na América Latina e possui abundância de recursos naturais, base industrial consolidada e um enorme mercado consumidor, o IED é um catalisador essencial para modernização, inovação e competitividade internacional. Grandes multinacionais enxergam um terreno fértil no país para novos investimentos, enquanto empresários brasileiros começam a ver o IED como uma porta de entrada para se internacionalizar com segurança.
Em um mundo onde fronteiras comerciais se tornam cada vez mais simbólicas, ignorar o movimento de capital global pode ser o erro que limita o crescimento da sua empresa. E compreender o que é o IED, como ele funciona e quais benefícios pode trazer é o primeiro passo para transformar oportunidades globais em realidade prática para o seu negócio.
Por isso, neste artigo, você vai descobrir como o Investimento Estrangeiro Direto (IED) pode alavancar oportunidades internacionais, fortalecer a blindagem do seu patrimônio e colocar sua operação em outro patamar competitivo, tudo com segurança jurídica e eficiência fiscal.
Como funciona o Investimento Estrangeiro Direto?

O IED, ou Investimento Estrangeiro Direto, ocorre quando um investidor, seja uma empresa ou pessoa física, decide aplicar capital em um país estrangeiro visando exercer controle ou influência duradoura sobre uma empresa local. Essa atuação pode ocorrer por meio de compra de participação societária relevante (normalmente acima de 10% das ações com direito a voto), estabelecimento de uma nova filial, aquisição de empresa local ou realização de joint ventures com parceiros estratégicos.
Ao contrário dos investimentos em portfólio, como ações negociadas na bolsa ou títulos de dívida, o IED pressupõe envolvimento direto do investidor na gestão e nos rumos da empresa. Isso significa que o capital estrangeiro não chega somente como um recurso financeiro, mas também como uma alavanca de governança, inovação e competitividade.
Aplicações
Na prática, o IED pode se manifestar de diversas formas, como nos exemplos abaixo:
- Uma empresa americana instala uma nova planta industrial no Brasil para atender ao mercado da América do Sul.
- Um fundo europeu adquire participação em uma fintech brasileira com potencial de crescimento exponencial.
- Uma companhia chinesa realiza uma joint venture com uma empresa brasileira de infraestrutura para explorar o mercado de energia renovável.
Todas essas ações caracterizam o IED, que envolve aportes de longo prazo, interesse na operação direta e integração econômica entre as partes.
O processo também requer atenção a marcos legais, autorizações específicas e registro junto ao Banco Central do Brasil, tornando a contratação de uma assessoria jurídica e contábil especializada extremamente necessária, especialmente para garantir conformidade com as normas brasileiras e internacionais.
Empresas que recebem IED devem estar preparadas para lidar com exigências regulatórias mais rígidas, auditorias e práticas de compliance internacional. Mas, a boa notícia é que esse nível de exigência também eleva o padrão da empresa investida, promovendo uma verdadeira profissionalização da gestão e abrindo portas para novos mercados.
Vantagens do IED para empresas e para a economia
O Investimento Estrangeiro Direto tem impactos profundos e abrangentes. Ele beneficia não somente a empresa que recebe o capital, mas toda a cadeia produtiva, o mercado e a economia na totalidade. Quando bem orientado, o IED consegue transformar realidades locais, acelerar o desenvolvimento de setores inteiros e reposicionar países no cenário global.
Abaixo, destacamos as principais vantagens do IED em diferentes frentes:
Geração de empregos e renda
Uma das contribuições mais visíveis do IED é a criação de empregos diretos e indiretos. Empresas estrangeiras que se instalam em outro país precisam contratar mão de obra local, treinar equipes, terceirizar serviços e contratar fornecedores nacionais. Isso gera uma cadeia positiva de geração de renda que beneficia trabalhadores, famílias, comércios e governos por meio da arrecadação tributária.
Além disso, esses empregos costumam ser mais qualificados e melhor remunerados, especialmente quando envolvem setores como tecnologia, energia, saúde e indústria de base. Com o tempo, essa profissionalização também eleva o padrão de empregabilidade do país todo.
Transferência de conhecimento e tecnologia
Empresas internacionais trazem consigo know-how técnico, processos otimizados, metodologias de gestão modernas e acesso a tecnologias de ponta. Quando essas organizações passam a operar em um novo país, esses ativos imateriais também são compartilhados, direta ou indiretamente, com funcionários, fornecedores, parceiros e até concorrentes locais.
Essa transferência tecnológica é uma das formas mais eficazes de acelerar a inovação, modernizar setores econômicos e reduzir o gap competitivo entre economias emergentes e países desenvolvidos. No longo prazo, essa troca eleva a qualidade dos produtos, dos serviços e da própria capacidade de geração de valor do país receptor.
Acesso a capital e financiamento externo
Empresas que recebem IED ganham acesso a recursos financeiros de fora do sistema bancário tradicional, muitas vezes com condições mais vantajosas. Ao aumentar o capital social, melhorar sua estrutura de governança e ter um investidor com histórico internacional, a empresa passa a ser vista com mais credibilidade no mercado e pode captar novos aportes com mais facilidade.
Além disso, o capital estrangeiro pode ser usado para acelerar projetos de expansão, aquisição de tecnologia, desenvolvimento de novos produtos ou entrada em mercados externos. Tudo isso sem aumentar o endividamento da empresa ou comprometer sua saúde financeira.
Desenvolvimento de infraestrutura
Muitos investimentos estrangeiros estão atrelados a projetos de infraestrutura física ou digital, como estradas, ferrovias, centros logísticos, usinas de energia, parques industriais e redes de telecomunicação. Essas obras não beneficiam somente a empresa investida, mas toda a região em que ela se instala.
Com melhor infraestrutura, o ambiente de negócios se torna mais competitivo, novas empresas são atraídas, a produtividade regional aumenta e há uma valorização geral dos ativos locais. O IED, nesse contexto, atua como força propulsora de modernização urbana e econômica.
Diversificação e expansão de mercados
Ao receber capital internacional, uma empresa brasileira pode ampliar sua atuação para além das fronteiras nacionais. O próprio investidor estrangeiro, ao ter conexões em outros países, facilita o acesso a novos mercados, parcerias comerciais e canais de distribuição.
Isso reduz a dependência da empresa em relação ao mercado interno e protege o negócio contra oscilações econômicas ou políticas locais. A diversificação geográfica também estimula a adaptação da empresa a diferentes realidades, tornando-a mais resiliente, ágil e inovadora.
Efeito multiplicador e parcerias
O IED não atua isoladamente. Ele impulsiona a formação de parcerias estratégicas, fusões, joint ventures e alianças operacionais. Empresas que recebem investimentos diretos muitas vezes passam a fazer parte de ecossistemas internacionais, com acesso privilegiado a fornecedores globais, redes de distribuição e centros de inovação.
Esse efeito multiplicador impacta setores inteiros, gera concorrência saudável, eleva os padrões de qualidade e posiciona o país receptor como um destino estratégico para a economia global.
Vantagens do IED para o investidor estrangeiro

O IED é uma via de mão dupla. Se por um lado ele representa oportunidades para o país e as empresas que recebem os investimentos, por outro, é uma estratégia altamente vantajosa para o investidor estrangeiro. Em vez de somente alocar recursos em ativos financeiros passivos, o investidor se torna parte ativa da operação, participando diretamente do crescimento da empresa e dos lucros gerados.
Investir diretamente em mercados emergentes, como o Brasil, é uma forma eficaz de diversificar riscos, acessar populações consumidoras em expansão e explorar segmentos com alto potencial de rentabilidade. E há outras vantagens relevantes:
1. Retornos superiores à média global
Economias em desenvolvimento costumam oferecer margens de lucro mais elevadas, especialmente em setores pouco saturados ou em transformação, como energia renovável, Fintechs e agronegócio tecnológico.
2. Moeda local desvalorizada
Quando o capital é convertido para operar em moedas como o real, o poder de compra aumenta consideravelmente. Isso permite maior alavancagem sobre os recursos aplicados e maior eficiência na implantação de estruturas operacionais.
3. Custos operacionais reduzidos
Em comparação a países desenvolvidos, o custo de mão de obra, aluguel, serviços e matéria-prima no Brasil tende a ser mais competitivo, permitindo que os investimentos rendam mais no longo prazo.
4. Posicionamento estratégico
O Brasil é porta de entrada para o Mercosul, tem acordos comerciais em diversas regiões e uma malha logística favorável para distribuição na América Latina.
5. Incentivos fiscais e acordos bilaterais
O país possui tratados de bitributação, acordos de proteção ao investimento e zonas com regimes especiais que tornam o ambiente mais previsível e atraente para o capital estrangeiro.
Quando bem assessorado, o investidor estrangeiro consegue não somente proteger seu patrimônio em escala global, mas também participar ativamente da transformação de mercados promissores. E mais: pode estruturar sua presença por meio de holdings internacionais, fundos de investimento ou coligações operacionais inteligentes, sempre respeitando as legislações locais.
Possíveis desafios
Embora os benefícios do IED sejam claros, é preciso reconhecer que esse tipo de operação envolve desafios e riscos que devem ser gerenciados com inteligência e planejamento. Abaixo, listamos alguns deles.
1. Ambiente regulatório complexo
A burocracia, o excesso de normas e as mudanças frequentes na legislação podem dificultar a entrada e o funcionamento de empresas estrangeiras no Brasil. Processos como registro no Banco Central, autorização da CVM, licenciamento ambiental e regularização fiscal exigem tempo e expertise técnica. Além disso, o Brasil está entre os países do mundo que mais possuem gastos com contabilidade e gastos jurídicos, algo que diminui as margens dos investidores.
2. Insegurança jurídica
A percepção de instabilidade institucional, decisões judiciais imprevisíveis e conflitos de competência entre órgãos federais, estaduais e municipais podem gerar incertezas, principalmente para investidores acostumados a ambientes mais estáveis. Esse cenário não é exclusivo do Brasil, na realidade vários países são inseguros e instáveis, mas de forma geral isto diminui a competitividade do Brasil.
3. Riscos cambiais
O real é uma moeda volátil, o que pode impactar a rentabilidade do investimento quando convertido para moedas fortes como dólar ou euro. Estratégias de proteção cambial devem ser implementadas desde o início da operação. O Real Brasileiro possui uma tendência de desvalorização desde sua criação, mas passa por alguns períodos de valorização. Essa instabilidade cambial pode destruir as margens de certos investimentos.
4. Diferenças culturais e gerenciais:
A forma de fazer negócios no Brasil envolve relações interpessoais, flexibilidade, adaptação ao ambiente informal e compreensão de costumes locais. Muitas vezes, investidores estrangeiros enfrentam desafios para compreender essas dinâmicas e conduzir operações com eficiência.
5. Riscos políticos e macroeconômicos
Oscilações nos rumos políticos, instabilidade fiscal, inflação e políticas protecionistas podem alterar a atratividade de determinados setores ou inviabilizar projetos de longo prazo.
6. Barreiras ao repatriamento de lucros
Apesar de existir liberdade para remessa de lucros ao exterior, existem regras e custos associados, como impostos retidos na fonte, que precisam ser considerados no planejamento.
Diante de tudo isso, é fundamental que o investidor conte com uma estrutura sólida de suporte, formada por especialistas jurídicos, contábeis e estratégicos, para avaliar riscos, estruturar corretamente o investimento e garantir segurança em todas as etapas do processo. Até mesmo para avaliar a lucratividade esperada do projeto de investimento a longo prazo.
IED no Brasil: Fluxo de investimentos e panorama atual

Dados atualizados de fluxo de IED
Em 2024, o Brasil recebeu mais de US$ 60 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto, consolidando-se como o principal destino da América Latina. Segundo a UNCTAD, o país figura entre os 10 principais destinos globais de IED, reflexo da sua relevância econômica e do seu potencial de consumo.
Comparativo histórico
Comparando com a última década, houve uma retomada consistente dos investimentos após os anos de incerteza gerados pela pandemia. O volume de IED em 2024 superou os patamares registrados em 2018 e 2019, indicando uma recuperação sustentada e uma imagem positiva do Brasil no cenário internacional.
Principais países investidores no Brasil
Os maiores investidores estrangeiros no país vêm de Estados Unidos, Países Baixos, Alemanha, China e Espanha. Essas nações concentram investimentos nos setores de energia, infraestrutura, tecnologia, serviços financeiros e agronegócio.
Setores que mais atraem IED no Brasil
Entre os setores mais atrativos estão:
- Energia elétrica e renovável;
- Tecnologia da informação;
- Varejo digital;
- Logística e transporte;
- Saúde e farmacêutico;
- Agronegócio tecnológico.
Cenário de negócios e políticas
O Brasil tem adotado medidas para facilitar a entrada de investimentos, como desburocratização de processos, reformas fiscais e melhoria da governança institucional. A assinatura de acordos comerciais e de proteção a investimentos também amplia a segurança para o capital estrangeiro.
Melhora no ambiente e expectativas
Com a crescente digitalização, reformas estruturais e incentivo à sustentabilidade, o país se apresenta como destino estratégico para empresas que buscam crescimento sustentável em mercados emergentes.
Exemplos práticos de IED
Nada melhor do que exemplos reais para ilustrar como o IED transforma economias, acelera empresas e posiciona países no mapa da inovação e do crescimento global. Abaixo, você verá como o Investimento Estrangeiro Direto se materializa na prática, tanto com multinacionais que aportam capital no Brasil quanto com empresas brasileiras que recebem investimentos ou expandem para fora.
Exemplos de multinacionais investindo no Brasil
Automotivo: Fiat/Stellantis (Itália/EUA)
A Fiat foi uma das primeiras multinacionais automotivas a se instalar no Brasil, ainda na década de 1970. Com a fusão com a americana Chrysler, formando a Stellantis, o grupo passou a operar com ainda mais força no país. Hoje, a empresa mantém fábricas em Minas Gerais e Pernambuco, empregando milhares de brasileiros e exportando veículos para toda a América Latina.
O investimento da Stellantis é um clássico caso de IED de longo prazo, com integração total à economia local, adaptação de produtos ao mercado brasileiro e desenvolvimento de fornecedores nacionais.
Bebidas e alimentos: Heineken (Holanda) e Coca-Cola (EUA)
A holandesa Heineken investiu bilhões na aquisição da Brasil Kirin, tornando-se uma das líderes no mercado de cervejas no Brasil. A operação incluiu modernização de fábricas, expansão de distribuição e forte investimento em marketing local.
Já a Coca-Cola, presente há décadas no país, segue investindo em logística, inovação de produtos e digitalização do ponto de venda. Ambas representam modelos de IED sustentado, que geram empregos, movimentam a cadeia de suprimentos e influenciam diretamente o comportamento do consumidor.
Tecnologia e manufatura: Philips (Holanda), Foxconn (Taiwan), Microsoft e Google
A Philips mantém centros de produção e pesquisa no Brasil, com foco em produtos médicos e eletrodomésticos. A Foxconn, fornecedora da Apple, opera com unidades de montagem e manufatura no país, especialmente no interior de São Paulo.
Microsoft e Google, por sua vez, investiram pesadamente em data centers, escritórios e programas de formação de talentos em tecnologia, colocando o Brasil no centro das suas estratégias para a América Latina.
Energia e infraestrutura: State Grid (China), Ikea (Suécia)
A chinesa State Grid é hoje uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, com presença em projetos de transmissão de energia em larga escala. Seu investimento permitiu a ampliação da infraestrutura elétrica e trouxe padrões técnicos internacionais para o setor.
A sueca Ikea, por outro lado, prepara sua entrada no Brasil com foco em varejo e logística, sinalizando o potencial de consumo local e a atratividade de longo prazo.
Exemplos de empresas brasileiras recebendo IED
O Brasil não é somente receptor passivo; muitas empresas nacionais vêm se destacando globalmente e atraindo capital estrangeiro para acelerar sua expansão.
Nubank
O banco digital mais conhecido da América Latina captou bilhões de dólares em rodadas de investimento lideradas por gigantes como Sequoia Capital, Tiger Global e Berkshire Hathaway (de Warren Buffett). O modelo de negócio inovador, escalável e focado em experiência do usuário tornou o Nubank um símbolo da nova geração de empresas brasileiras que recebem IED para crescer além das fronteiras nacionais.
Hotmart
Plataforma de distribuição e monetização de produtos digitais, a Hotmart recebeu aportes significativos de fundos estrangeiros para sua internacionalização. Com atuação em mais de 10 países, a empresa representa como o IED pode potencializar a expansão de modelos digitais com alto valor agregado.
Exemplos de brasileiros investindo no exterior (outward IED)
O movimento de IED também ocorre no sentido inverso, quando empresas brasileiras aplicam recursos em outros países para adquirir ativos, expandir sua atuação ou abrir subsidiárias.
Ambev / AB InBev
A antiga fusão entre a brasileira Ambev e a belga Interbrew deu origem a uma das maiores empresas de bebidas do mundo. A holding resultante, AB InBev, possui operações em dezenas de países e mostra como uma empresa nacional pode se tornar protagonista global por meio de estratégias inteligentes de investimento direto no exterior.
Demais segmentos
Outros exemplos incluem grandes empresas do agronegócio, construção civil e tecnologia que expandem operações para América do Sul, Estados Unidos e Europa, estabelecendo presença direta e aproveitando benefícios tributários e logísticos em outras jurisdições.
IED e a internacionalização de negócios

A internacionalização de empresas é uma das principais metas de empresários que desejam crescimento sustentável, acesso a mercados mais estáveis e proteção contra riscos econômicos locais. E o Investimento Estrangeiro Direto (IED) é uma das ferramentas mais eficazes para viabilizar esse processo.
Ao investir diretamente em um país estrangeiro, ou receber investimento de fora, a empresa se insere em cadeias globais de valor, adquire relevância internacional e começa a operar em padrões mais elevados de governança e competitividade.
O IED pode viabilizar a abertura de uma filial no exterior, uma joint venture com um parceiro estratégico, ou até mesmo a aquisição de empresas locais em outro país. Da mesma forma, pode ser a porta de entrada para capital estrangeiro que deseja participar do seu negócio, acelerar seu crescimento e ampliar sua presença global.
Benefícios na internacionalização
- Acesso a novos mercados: Investir em outros países abre oportunidades para atingir clientes em moedas fortes, explorar nichos inexplorados e aumentar o faturamento sem depender do mercado nacional.
- Blindagem patrimonial e tributária: Com a estruturação correta, o IED pode permitir que a empresa opere em ambientes mais seguros do ponto de vista jurídico e fiscal, reduzindo riscos e maximizando o retorno.
- Fortalecimento da marca global: Ter presença internacional gera autoridade, confiança de investidores e percepção de solidez no mercado.
- Inovação e competitividade: Participar de mercados globais expõe a empresa a novos padrões, tecnologias e comportamentos de consumo, forçando uma evolução constante.
Aspectos fiscais globais
A depender da jurisdição escolhida, a internacionalização via IED pode permitir otimizações tributárias legítimas. Países como Emirados Árabes, Luxemburgo e Ilhas Cayman oferecem estruturas com alíquotas mais atrativas e regimes simplificados de compliance.
Além disso, a empresa pode aproveitar tratados internacionais para evitar bitributação, usar estruturas de holding para organizar receitas globais e distribuir lucros de forma mais eficiente. Mas tudo isso requer profundo conhecimento jurídico, contábil e regulatório. Por isso, a orientação especializada é indispensável.
Desafios da internacionalização
Embora promissora, a internacionalização traz desafios importantes:
- Cumprimento regulatório em múltiplas jurisdições: Cada país possui suas exigências legais, fiscais e operacionais. Ignorá-las pode acarretar sanções e perda de benefícios.
- Gestão intercultural: Lidar com diferentes culturas empresariais, práticas de negociação e línguas exige preparo da equipe e adaptação dos processos internos.
- Gestão à distância: Controlar operações em outros países requer tecnologia, governança, processos bem definidos e parceiros de confiança.
Por isso, empresas que desejam seguir esse caminho precisam de uma estratégia bem estruturada. E contar com uma consultoria experiente, como a TelliCoJus, é o primeiro passo para tomar decisões seguras e eficientes.
Com atuação em mais de 50 jurisdições, equipe multidisciplinar internacional e soluções personalizadas, a TelliCoJus ajuda empresas a se posicionarem globalmente com segurança jurídica, otimização fiscal e alta performance operacional.
Investimento Estrangeiro Direto (IED) é um catalisador de oportunidades
O IED deixou de ser apenas um instrumento financeiro para se tornar um motor estratégico de desenvolvimento. Sua importância vai além do recebimento de recursos: ele impulsiona inovação, profissionaliza empresas, amplia mercados e fortalece a competitividade nacional. Na prática, é um catalisador de oportunidades, tanto para países que buscam crescer quanto para empresas que desejam se globalizar.
Vivemos um momento de transformações profundas: digitalização acelerada, mudanças geopolíticas, novas exigências ambientais, transição energética e crescimento de blocos econômicos alternativos. Nesse contexto, ficar restrito ao mercado local pode limitar o potencial de expansão das empresas brasileiras.
Por outro lado, participar do fluxo global de capitais, seja recebendo investimento ou investindo fora, abre um universo de possibilidades: faturamento em moedas fortes, parcerias internacionais, redução de impostos, proteção patrimonial, acesso a tecnologias de ponta e visibilidade global.
É por isso que o IED deve ser visto como uma das principais ferramentas para empresas que querem crescer com segurança, inteligência e visão de longo prazo.
IED: Uma ponte entre o presente e o futuro do negócio

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) é uma das pontes mais sólidas entre o presente e o futuro de um negócio. Com ele, empresas conseguem atrair capital estratégico, acessar novos mercados, modernizar suas operações e proteger sua rentabilidade diante dos desafios econômicos do Brasil.
Mas esse caminho exige planejamento, conformidade legal e escolha de parceiros certos. A internacionalização, e o próprio IED, não devem ser tratados como atalhos, mas como estratégias consistentes de crescimento sustentável.
Se você chegou até aqui, já sabe que o investimento estrangeiro direto pode elevar o patamar de um negócio e abrir portas pelo mundo. Com ele, é possível atrair capital, impulsionar crescimento, acessar novos mercados e garantir vantagem competitiva em escala internacional.
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FAQ (Perguntas Frequentes sobre IED)
A principal diferença está no nível de controle e na duração do investimento. No IED, o investidor adquire participação significativa (geralmente ≥10%) em uma empresa de outro país, tendo influência na gestão e intenção de longo prazo. Já o investimento em ações (considerado investimento estrangeiro indireto ou de portfólio), um estrangeiro compra títulos ou ações de empresas de outro país sem objetivo de controle, visando lucro com valorização ou dividendos, podendo vender os papéis a qualquer momento. Resumindo: IED = participação ativa e duradoura na empresa; Investimento em ações = posição passiva, de curto ou médio prazo.
Os setores líderes variam com o tempo, mas nos últimos anos destacam-se tecnologia da informação, energia (incluindo petróleo, gás e fontes renováveis), indústria de transformação/manufatura, setor financeiro (bancos, fintechs) e serviços. Setores ligados à inovação e Indústria 4.0 têm atraído muitos investimentos (tecnologia, telecomunicações), assim como energia, onde há tanto investimentos em petróleo e gás quanto em projetos de energia limpa, por conta da agenda de sustentabilidade. O Brasil, pela sua dimensão, também continua atraindo IED em agronegócio, infraestrutura (logística, saneamento) e varejo, embora os quatro primeiros setores citados sejam os que mais movimentaram capital estrangeiro recentemente.
Apesar dos benefícios, alguns riscos/desafios do IED incluem:
Dependência econômica: O país receptor pode ficar dependente de capital estrangeiro; se investidores decidirem sair repentinamente (por instabilidade política ou crise), pode haver impacto na economia local.
Perda de controle nacional: Setores estratégicos com controle estrangeiro podem gerar preocupações (por ex., se empresas estrangeiras dominam grande parte de um setor, políticas nacionais podem ter menos influência). Empresas locais também podem perder autonomia quando vendem fatias grandes a investidores de fora.
Repatriação de lucros: Lucros gerados podem ser enviados de volta ao país de origem do investidor (saída de divisas), em vez de reinvestidos localmente.
Questões trabalhistas ou ambientais: Algumas multinacionais podem buscar países com regulações mais brandas, o que exige atenção para assegurar boas práticas (embora isso seja contornável com leis e acordos).Vale notar que muitos desses riscos podem ser mitigados com políticas públicas adequadas e exigências contratuais. O saldo do IED tende a ser positivo quando há boa governança.
Para atrair IED, a empresa deve se preparar e se posicionar de forma atraente ao investidor externo. Algumas dicas práticas:
Tenha um bom plano de negócios internacional: mostre potencial de crescimento, indicadores financeiros sólidos e estratégia clara de mercado. Investidores estrangeiros buscam empresas bem estruturadas e com diferencial competitivo.
Assegure compliance e governança: mantenha a casa em ordem (contabilidade regular, conformidade jurídica e fiscal). Muitos estrangeiros fazem auditorias (due diligence) antes de investir; transparência e boa governança aumentam a confiança.
Conheça programas e incentivos: Informe-se sobre programas governamentais que facilitem a entrada de capital externo no seu setor (por ex., setores com benefícios fiscais para investidores, zonas francas, etc.).
Networking internacional: participe de feiras, eventos e plataformas onde estrangeiros buscam oportunidades. Parcerias com consultorias especializadas (como a TelliCoJus) podem conectar sua empresa a potenciais investidores, além de orientar na negociação.
Registro no Banco Central: Lembre-se de que ao concretizar um aporte estrangeiro, será preciso registrá-lo no Banco Central do Brasil (RDE-IED) e cumprir eventuais declarações periódicas. Contar com apoio jurídico/fiscal é recomendado para cuidar dessa parte burocrática.
Em suma, profissionalismo, visibilidade e apoio especializado são chaves para sua empresa despertar o interesse de um investidor estrangeiro e fechar um bom negócio de IED.
O investimento estrangeiro direto em si não é um fato gerador de imposto imediato apenas por entrar no país, ou seja, não há um “imposto sobre IED” na chegada do capital. Contudo, várias incidências tributárias podem ocorrer em decorrência do investimento:
IOF: na entrada de capital estrangeiro pode incidir IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre câmbio, mas atualmente a alíquota para ingresso de capital em participação societária é frequentemente zerada ou reduzida para incentivar investimentos (as regras de IOF cambial podem mudar, portanto é bom verificar as normas vigentes).
Imposto sobre Lucros/Dividendos: após o investimento, se a empresa no Brasil der lucro e distribuir dividendos ao investidor estrangeiro, esses dividendos hoje são isentos de IR retido na fonte (conforme legislação atual brasileira, embora haja discussões sobre tributá-los no futuro). Juros sobre Capital Próprio (JCP), se pagos, têm IRRF de 15%.
Ganho de Capital: se o investidor estrangeiro vender posteriormente a participação na empresa brasileira com lucro, poderá haver Imposto de Renda sobre ganho de capital, com alíquotas conforme o valor do ganho (15% a 22.5% para pessoa jurídica estrangeira, podendo haver acordos internacionais que reduzam a tributação).
Tributos na origem: o investidor estrangeiro também deve observar a tributação em seu país de residência sobre os rendimentos obtidos no Brasil. Tratados contra dupla tributação podem evitar bitributação.
Incentivos fiscais: mencionar que alguns setores ou regiões oferecem incentivos (isenções, reduções) para atrair IED, então vale pesquisar caso a caso.
Importante: A área fiscal envolvendo IED pode ser complexa. Por isso, é altamente recomendável o planejamento tributário com profissionais especializados em estratégias fiscais globais antes de estruturar ou repatriar o investimento. Assim, garante-se conformidade legal e otimização dos impostos em ambos os países.