Se você quer entender como abrir empresa no Panamá, este guia foi feito para você. Aqui explicamos de forma clara e objetiva como funciona o processo, quais são os documentos necessários, os prazos e os cuidados essenciais para aproveitar ao máximo essa jurisdição.

Mais do que um simples tutorial, este conteúdo mostra por que o Panamá continua sendo um dos destinos mais estratégicos para empresários que buscam eficiência tributária, proteção patrimonial e liberdade para operar globalmente.

Por que abrir uma empresa no Panamá?

O Panamá se consolidou como uma das jurisdições mais seguras e vantajosas para negócios internacionais. E isso não é por acaso. Ao escolher o país, o empresário encontra uma combinação rara de estabilidade econômica, legislação flexível e benefícios tributários que podem transformar completamente a forma de operar fora do Brasil.

  • Tributação territorial vantajosa
    No Panamá, apenas lucros obtidos dentro do território nacional são tributados. Se sua empresa gerar receitas em outros países, não haverá cobrança de imposto sobre esse faturamento. Essa é uma das grandes razões pelas quais empreendedores globais escolhem o país como base para operações internacionais.
  • Capital estrangeiro sem restrições
    Qualquer pessoa física ou jurídica estrangeira pode ser proprietária de 100% da empresa, sem a necessidade de sócios locais. Isso garante autonomia total para investidores internacionais.
  • Moeda forte e estável
    O dólar americano é uma moeda oficial do Panamá, junto com o Balboa (que é pareado 1:1 com o USD). Isso elimina o alto risco cambial e facilita transações com qualquer mercado, algo extremamente estratégico para quem busca proteção de patrimônio.
  • Sistema financeiro robusto
    O país possui um centro bancário internacional consolidado, com acesso a serviços financeiros avançados e boa receptividade a empresas estrangeiras.
  • Processo rápido e desburocratizado
    A constituição de uma empresa panamenha é ágil e não exige a presença física do empreendedor na maioria dos casos, permitindo que tudo seja feito por meio de representantes legais.
  • Confidencialidade e proteção patrimonial
    A legislação garante sigilo sobre os beneficiários finais e oferece instrumentos jurídicos que reforçam a proteção dos ativos, desde holdings até estruturas para sucessão familiar.

Combinando todos esses fatores, o Panamá se torna uma escolha estratégica para empresários que buscam mais liberdade, eficiência tributária e um ambiente jurídico sólido para internacionalizar seus negócios.

Passo a passo para abrir sua empresa no Panamá

como abrir empresa no Panamá

A abertura de uma empresa no Panamá é direta, mas exige atenção a detalhes formais e fiscais para que tudo fique 100% regularizado. Veja cada etapa explicada de forma prática.

Passo 1: Escolha do tipo societário

O primeiro passo para abrir sua empresa no Panamá é definir a estrutura societária mais adequada. A forma jurídica mais utilizada por estrangeiros é a Sociedad Anónima (S.A.), equivalente à sociedade anônima brasileira, mas com exigências bem mais simples.

Ela é recomendada porque:

  • Permite total participação de sócios estrangeiros, sem necessidade de residentes locais.
  • Oferece flexibilidade para qualquer tipo de operação, seja comercial, de consultoria ou holding patrimonial.
  • Garante confidencialidade, pois os diretores podem ser nomeados apenas para cumprir requisitos formais, preservando o real proprietário.

Além da S.A., também existem outros formatos, como a Sociedad de Responsabilidad Limitada (SRL), que pode ser indicada para negócios menores ou mais restritos, mas raramente é utilizada para estruturas internacionais.

Dica para brasileiros:
A S.A. panamenha não exige capital mínimo integralizado e pode ser registrada com apenas três diretores, que podem ser nomeados nominalmente ou por meio de prestadores de serviços indicados pela assessoria. Isso garante agilidade e proteção extra à identidade do verdadeiro proprietário.

Passo 2: Reserva de nome comercial

Depois de escolher o tipo societário, é necessário reservar o nome da empresa. Esse procedimento assegura que ninguém mais utilize a mesma denominação no país.

Algumas orientações importantes:

  • O nome pode ser em qualquer idioma e não precisa refletir a atividade da empresa.
  • É obrigatório incluir um sufixo como Corporation (Corp.), Incorporated (Inc.) ou Sociedad Anónima (S.A.) para indicar a natureza jurídica.
  • Recomenda-se ter ao menos duas ou três opções de nome para agilizar a aprovação, caso a primeira esteja indisponível.

Dica para brasileiros:
Antes de enviar o nome para reserva, verifique se ele não conflita com marcas registradas internacionalmente. Esse cuidado evita problemas futuros em contratos ou parcerias globais.

Passo 3: Registro legal da empresa

Com o tipo societário definido e o nome comercial aprovado, inicia-se o processo formal de constituição. Essa etapa envolve a elaboração e registro dos documentos legais que darão existência jurídica à empresa no Panamá.

As principais fases são:

Preparação do Pacto Social

O Pacto Social é o documento equivalente ao contrato social no Brasil. Nele são definidos:

  • Nome e objeto social da empresa.
  • Estrutura acionária e quantidade de ações emitidas.
  • Nomeação dos diretores formais (mínimo de três).
  • Endereço legal da companhia no Panamá.

Auxílio jurídico local

Esse documento é redigido por um advogado local e deve seguir os requisitos formais panamenhos.

Assinatura e protocolização

Após a redação, o Pacto Social é assinado pelos diretores indicados e registrado oficialmente no Registro Público do Panamá. Esse protocolo é o que confere existência legal à empresa.

Obtenção do certificado de incorporação

Uma vez protocolizado, é emitido o certificado oficial que comprova a constituição da empresa. Esse documento será exigido para as próximas etapas, como abertura de conta bancária e obtenção de licenças.

Dica para brasileiros:
Alguns documentos precisam de apostilamentoda Convenção de Haia no Brasil antes de ser enviada. É um detalhe importante que evita atrasos no processo.

Passo 4 – Licenças e autorizações

Nem todas as empresas no Panamá precisam de licenças específicas, mas se você pretende operar com atividades comerciais locais ou prestar serviços dentro do país, será necessário obter a chamada Licencia Comercial.

  • Para negócios puramente internacionais (holding, consultoria, comércio exterior), essa licença geralmente não é obrigatória.
  • Para negócios que tenham clientes no Panamá, é obrigatório solicitar a licença junto ao Ministério do Comércio e Indústrias.

O processo é rápido, mas requer a apresentação do certificado de incorporação e algumas declarações formais sobre a atividade exercida.

Dica para brasileiros:
Se a ideia é usar a empresa apenas como offshore para faturamento internacional, é possível manter a operação sem licenças adicionais, reduzindo custos e burocracia.

Passo 5 – Estrutura fiscal e bancária

Com a empresa já registrada e, se necessário, licenciada para atividades locais, é hora de estruturar a parte fiscal e financeira. Essa etapa é fundamental para que a companhia esteja apta a operar de forma legal e eficiente.

Registro tributário

Mesmo que a empresa não vá operar no mercado interno panamenho, é obrigatório obter um Número de Identificação Tributária (RUC) para constar no cadastro fiscal do país. Esse registro é simples e não gera cobrança de impostos sobre receitas obtidas fora do Panamá.

Para quem pretende atuar apenas como empresa offshore, não há necessidade de declarar lucros estrangeiros nem pagar impostos locais, já que o país adota o sistema de tributação territorial.

Conta bancária corporativa

Abrir uma conta bancária é um passo essencial para que a empresa possa receber pagamentos, emitir faturas e operar internacionalmente.

Pontos importantes sobre a conta corporativa no Panamá:

  • Presença física – Alguns bancos exigem que ao menos um dos diretores compareça presencialmente para a assinatura da abertura. Porém, há instituições que aceitam processo remoto com videoconferência.
  • Documentação exigida – Além do certificado de incorporação, será solicitado um pacote de documentos de due diligence (KYC), incluindo passaporte dos beneficiários, comprovante de endereço e declaração de origem dos fundos.
  • Escolha do banco – É recomendável selecionar um banco que tenha experiência com empresas estrangeiras para facilitar o compliance.

Dica para brasileiros:
Para evitar deslocamentos desnecessários, é comum utilizar bancos parceiros que já têm processos simplificados para clientes internacionais. Uma assessoria especializada consegue antecipar quais instituições exigem presença física e quais são mais flexíveis.

Contabilidade e manutenção

Mesmo sem atividades locais, a empresa panamenha deve cumprir algumas obrigações anuais:

  • Pagamento da taxa de franquia anual, que mantém a companhia ativa no Registro Público.
  • Atualização de registros internos, como ata de diretores e acionistas, quando houver alterações.
  • Caso a empresa atue dentro do Panamá, será necessário manter a contabilidade local e apresentar declarações fiscais.

Essas obrigações são simples, mas não podem ser negligenciadas, pois o descumprimento gera multas e pode levar à suspensão da empresa.

Com esses cinco passos, a sua empresa no Panamá estará pronta para operar de forma internacional, usufruindo das vantagens fiscais e estratégicas da jurisdição.

Vantagens de uma empresa panamenha

Abrir uma empresa no Panamá vai além da economia tributária. Essa jurisdição oferece um conjunto de benefícios que trazem mais segurança, flexibilidade e previsibilidade para quem deseja expandir seus negócios globalmente.

Isenção fiscal sobre renda estrangeira

O principal atrativo do Panamá é o sistema de tributação territorial. Isso significa que a empresa só paga imposto sobre os lucros gerados dentro do país. Todo o faturamento obtido no exterior,seja em serviços, comércio ou investimentos, é totalmente isento de tributação local.

Na prática, você pode operar internacionalmente sem acumular carga tributária desnecessária, preservando a margem de lucro.

Confidencialidade e proteção de ativos

A legislação panamenha garante um nível elevado de privacidade. Os nomes dos beneficiários finais não aparecem em registros públicos, preservando a confidencialidade dos proprietários.

Além disso, é possível usar a empresa como ferramenta de planejamento patrimonial e sucessório, protegendo ativos de riscos políticos, jurídicos e econômicos do país de origem.

Posicionamento estratégico

Localizado na América Central, o Panamá é um ponto logístico estratégico, com acesso facilitado tanto para a América do Norte quanto para a América do Sul. Além disso, abriga a Zona Livre de Colón, uma das maiores zonas francas do mundo, tornando-se um hub comercial importante.

Para empresas que dependem de conexões internacionais, esse posicionamento é uma vantagem competitiva significativa.

Esses benefícios, combinados, tornam o Panamá uma das jurisdições mais completas para empresários que querem reduzir impostos, proteger ativos e operar globalmente com liberdade.

Cuidados e obrigações ao investir no Panamá

Embora o Panamá seja uma jurisdição extremamente vantajosa, é importante ter clareza sobre as responsabilidades e cuidados necessários para manter a estrutura sempre em conformidade.

Compliance e reputação

Depois do impacto do escândalo Panama Papers, os bancos e órgãos de registro no país reforçaram as regras de compliance e due diligence. Hoje, é necessário apresentar documentação clara sobre os beneficiários finais, a origem dos recursos e a atividade da empresa.

Esse processo, chamado de Know Your Client (KYC), é padrão internacional e garante que a empresa esteja associada a operações legítimas. Com uma assessoria experiente, esse procedimento é conduzido de forma segura e sem complicações.

Integração com planejamento pessoal

Não encare uma empresa no Panamá como uma solução isolada. Ela funciona melhor quando está integrada a um planejamento internacional mais amplo, que considera estrutura patrimonial, contas bancárias, eventual residência fiscal no exterior e estratégias sucessórias.

Esse alinhamento garante que a empresa seja funcional e traga benefícios reais, sem riscos de incompatibilidade com legislações de outros países.

Ter clareza sobre esses cuidados é o que diferencia uma estrutura sólida de uma empresa que, embora registrada, não atende plenamente às expectativas do empresário.

Quando o Panamá é uma boa escolha (e quando não é)

Nem toda estrutura internacional serve para qualquer tipo de negócio. O Panamá é uma excelente opção para muitos empresários, mas existem casos em que outra jurisdição pode oferecer mais benefícios.

Perfil ideal

Recomendamos o Panamá para:

  • Empresas de serviços internacionais
    Consultorias, agências digitais, negócios online e prestadores de serviços que atendem clientes fora do Panamá se beneficiam ao máximo do regime de tributação territorial.
  • Holdings patrimoniais
    Quem busca uma estrutura para proteger ativos, organizar participações societárias ou planejar sucessão familiar encontra no Panamá um ambiente estável e confiável.
  • Comércio exterior
    Empresas que atuam na importação, exportação ou logística podem aproveitar o posicionamento estratégico do país e sua infraestrutura portuária e bancária.
  • Empresários que desejam sigilo e proteção jurídica
    O Panamá garante um nível elevado de confidencialidade, ideal para quem quer mais privacidade nas operações.

Quando não é a melhor opção

Apesar das vantagens, o Panamá não é a solução mais eficiente para todos os cenários. Evite utilizá-lo quando:

  • A atividade é totalmente local no Brasil
    Se o negócio depende exclusivamente de vendas ou operações internas no Brasil, uma empresa offshore não trará benefícios tributários significativos.
  • Há necessidade de imagem institucional mais robusta
    Para setores que dependem de uma reputação mais forte no mercado europeu ou americano, jurisdições como Delaware, Luxemburgo ou Singapura podem transmitir maior percepção de solidez.
  • Operações muito simples sem planejamento adicional
    Se a ideia é apenas “abrir uma offshore” sem integrá-la a um planejamento internacional, a estrutura pode se tornar subutilizada e não entregar todo o potencial que oferece.

Ou seja, o Panamá é ideal para quem pensa de forma estratégica e entende que a empresa precisa estar alinhada a um plano internacional mais amplo.

Panamá: destino atraente para internacionalizar

Abrir uma empresa no Panamá é uma decisão estratégica para quem quer operar globalmente com menos impostos, mais segurança e liberdade de expansão. O país oferece um dos sistemas fiscais mais vantajosos do mundo, infraestrutura bancária sólida e estabilidade jurídica que protege o patrimônio empresarial e pessoal.

Garanta que a estrutura opere com eficiência e dentro das normas internacionais ao contratar assessoria especializada de credilidade, experiência e confiança.

Na TelliCoJus, nossa equipe cuida de cada detalhe do processo:

  • Desde o planejamento até a internacionalização de empresas e negócios
  • Estruturação jurídica e fiscal
  • Abertura e manutenção da empresa no Panamá
  • Integração com outras soluções internacionais, como contas bancárias e holdings patrimoniais

Se você quer entender melhor como abrir empresa no exterior ou explorar outras jurisdições, também temos conteúdos completos para apoiar sua decisão.

Agora, imagine o seu negócio faturando internacionalmente com isenção fiscal sobre lucros estrangeiros, recebendo em dólar e blindando seu patrimônio contra instabilidades políticas e econômicas. Com a estrutura certa, isso é totalmente possível.

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